6.7.09

conjunción copulativa


De modo que se dio una conjunción
copulativa de animales sueltos
un entrevero o incisión furtiva
en la cadencia invicta de los miedos
quedaron cicatrices poco exactas
escritas como brújulas sin norte
y un silencio en la noche imaginaria
la realidad es el arte de la herida


María Negroni, Andanza




La imagen es de Marc Riboud,


y me apetece dejar el Suzanne de Cohen:


6 comentarios:

Toni dijo...

Interesante poema! Me ha gustado bastante!

maría nefeli dijo...

Ese final es conmovedor, aunque muy triste...hermoso poema...
Un beso

Sofia Cordis dijo...

‘imagine-se... ser o alvo a abater de uma louca disposta a tudo’

Gostamos muito do seu Blog, que conhecemos através de comentários a posts de OMomentoCerto, cuja autora Cristina Fernandes está actualmente a contas com a justiça portuguesa, com julgamento marcado para Outubro próximo (e ainda tão longe),

acusada de diversos crimes violentíssimos de stalking, de perseguição, de ameaças

contra um homem que recusa relacionar-se amorosamente com ela

e contra mulheres, familiares e até crianças que lhe são próximas

trata-se da absoluta cegueira de alguém que está muito doente mas recusa tratar-se, assim como recusa a realidade que possa contradizer os seus direitos universais e absolutos

verdadeiro terrorismo unipessoal com consequências devastadoras para quem optou por conduzir a vida em paz

se a justiça dos homens já está marcada, a de Deus também virá pois toda a vida é equilíbrio e retorno

as nossas desculpas pelo desabafo mas ‘nem tudo o que parece é’

e esta alma narcísica e perversa alimenta-se de elogios num ego que não reconhece ‘ao outro’ qualquer liberdade, para além da sua vontade e da sua leviandade

o Bem, a quem o pratica e a quem o procura

felicidades para os dias de hoje e de amanhã

vamos continuar por aqui, porque não estamos sós

www.stalkingvictims.com

Sofia Cordis

samsa777 dijo...

Madre mía, Suzanne, la de veces que he cantado y llorado esa canción. Hermoso acompañamiento para el poema (magnífico) y la imagen (desolada).

Un abrazo

Graça Pires dijo...

Gostei imenso do poema. Das cicatrizes pouco exactas "y un silencio en la noche imaginaria
la realidad es el arte de la herida"
Um beijo, Amigo.

DIANA-CHAN dijo...

escritas con burbujas , que exkisitez